Resenha: O Rei Amaldiçoado - V. M. Gonçalves

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Quatrocantos emergiu da Árvore da Vida pela ação de forças, forças da Água, da Terra e do Céu. Os nativos deste continente viriam a cultuar essas forças como deuses, sem saber que elas não possuíam qualquer intenção, alma ou plano. Aqui serão relatadas três narrativas envolvendo a mais temível destas forças, o Rei da Água, que muitos conhecem apenas como “o Boto”, um rei amaldiçoado, um animal lascivo, um espírito sedento e um homem possuído. Este rei governou muitos seres, mas que foi governado apenas por seus impulsos animalescos.

Ispirados na lenda do Boto, uma das figuras mais notórias do folclore nacional, os três contos apresentados neste livro se passam no universo de Quatrocantos, exposto previamente nas obras A Canção de Quatrocantos - O Homem de Azul e Púrpura (2014) e Guerreiras do Sol e da Lua I (2015). 


Hello pessoal! Tudo bem? Hoje é dia de evento no facebbok (WWW). Hoje será o lançamento virtual do Livro O Rei Perdido do autor nacional V. M. Gonçalves que acontecerá das 15 as 20 horas, contando com a participação do autor e mais 4 autores nacionais. Aqui esta a resenha de cada conto da obra, espero que gostem do trabalho que o autor desenvolve. 

Primeiro Conto: O Rei Amaldiçoado

O primeiro conto nos fala de um xamã muito poderoso e ganancioso, pois este desejava as mulheres jovens e na maioria das vezes casadas, e estava disposto a vários feitos para possui-las. Acreditava-se que o poder dele viesse do boto. O que o xamã não imaginava era que seria atacado por vários homens armados e acompanhados por um outro xamã tão poderoso quanto ele, que seria capaz de derrubar as defesas que ele havia colocando em sua casa. Sendo assim, ele foi obrigado a fugir sendo perseguido pelos homens armados, onde se jogou de um penhasco assumindo a forma de um boto vermelho. O que ela não esperava é que o rio era um rei e que ele seria atraído por uma mulher cobra sendo um pouco submisso a ela sendo que sempre foi ao contrario com ele, geralmente as mulheres eram submissas a ele. 

O conto é bem pequeno, mas muito interessante. O autor consegui em poucas páginas descrever um cenário e personagens bem construídos e com detalhes o suficiente pra entendimento. 

Talvez a virilidade do animal passasse para ele junto com a força física, pois era um homem de luxúria incontrolável, com um gosto pouco saudável pela sedução de jovens casadas. E era exatamente isso: um gosto; longe de qualquer afeto ou estima, ele olhava para elas como olharia para um corte saboroso de carne. Muitos eram os homens da região que o queriam morto, mas apenas um homem inconsequente atentaria contra um xamã como ele. Ou assim ele pensava.

Segundo conto: Caça e Caçador

O segundo conto fala das aventuras do novo rei o boto vermelho, onde este ia até as margens das águas do igarapé seduzir as mulheres que ali se banhavam. Mas ele não espera se deparar um uma mulher capaz de seduzi-lo e domina-lo deixando-o com queimaduras e com seu ego ferido. Se voltasse para seu palácio naquele estados todos saberiam que ele havia sido dominado. O que ele faria agora? 

O conto é bem pequeno, é uma continuação do anterior narrando uma das aventura do boto vermelho depois que se tornou rei. O conto foi bem escrito, com uma linguagem simples e leve.

Ele os governava porque era o macho dominante, desde quando tomara o poder de um macho mais fraco.

Terceiro Conto: Os Dois Deuses e o Senhor da Travessura 

O conto é bem pequeno assim como os anteriores, e também é sobre o vermelho, mas dessa vez falar também do Deus da Terra. O Moleque aparece em toda a primavera e vive por uns dois ou três dias e não são controlados, o que da a eles a total liberdade de agirem como bem entendem, e muitas vezes causando danos. Por outro lado o boto vermelho continua seduzindo mulheres se passando por filhos da lua, mas dessa vez o moleque decide persegui-lo atrapalhando os seus planos.

O conto é bem interessante e bem contruidos assim como os anteriores.

Àquela altura, os caçadores do Ermo já eram mais cautelosos e o Rei Água evitava chamar atenção para si, ofendendo abertamente seu rival da Terra. Assim, se havia inimigos capazes de infernizar o domínio do Moleque com frequência alarmante, eram os triques. Eles apareciam toda primavera, ninguém sabia como ou porque, e era muito difícil controlá-los. Felizmente, eles morriam rápido: os mais longevos duravam três ou quatro dias antes de queimarem completamente de dentro para fora; quase sempre duravam bem menos.

O evento acontecerá nesse link (WWW), aguardo todos vocês.