Bom, o que dizer? Sempre achei complicado
essa coisa de falar de mim. (risos) Sério, acho que tudo o que eu disser pode
soar falso, por que sou eu quem está falando, entende? Mas vou tentar. Eu sou
Rafael Buarque Montenegro, paraibano natural de João Pessoa, 24 anos. Sou
escritor e todo o resto das coisas que fui ou quis ser não eram de fato quem eu
sou. Atualmente estou cursando Jornalismo, mas pela oportunidade de ter um
diploma do que pelo desejo de seguir essa carreira. Contar histórias é o que me
completa, o que me traz paz, o que me faz feliz.
Como surgiu a ideia de escrever a série As Crônicas de Pindorama?
Eu escrevo desde 2009 e já passei por vários
gêneros literários. Comecei escrevendo literatura religiosa e poesia. Quando
mudei para a prosa comecei escrevendo romances românticos, estilo Nicholas
Sparks. Depois escrevi duas novelas de cunho cristão, narrativas mais curtas,
que publiquei de maneira independente, em 2011 e 2013. No fim de 2013 passei
por um momento de iluminação pessoal, quando decidi que iria investir na
carreira de escritor e trabalhar para fazê-la dar certo. Decidi me reinventar e
focar em outros gêneros, me profissionalizando em cima desses gêneros. Foi
quando escolhi a ficção científica e a literatura fantástica. Depois dessa
escolha, decidi começar trabalhando justamente com fantasia, e foi natural não
querer fazer algo parecido com o que já está estabelecido. Então nada de elfos,
dragões, vampiros, cavaleiros medievais. Como eu sempre gostei da cultura
indígena e da história do Brasil, foi natural pensar em escrever algo sobre. A
ideia foi tomando forma e eu vi que seria incrível fazer isso. Pus as mãos à
obra e o livro saiu.